quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Ahhh... raruta

Tem ingredientes que compramos só para uma receita e acabamos jogando fora o resto por ignorância ou pura preguiça mesmo. Eu tinha farinha de araruta em casa que comprei para fazer um pastel de forno no começo do ano. Até que ficou bem bom, mas acabei não fazendo mais. Aí a araruta ficou lá esquecida.
Outro dia olhei o armário e topei com ela. Deu remorso. Não é todo lugar que você encontra farinha de araruta, só fui achar em mercadões, e agora ela estava esquecida e estragando. Resolvi fazer algo com ela, mas não estava a fim de comprar nada. Aí fui pesquisar um modo de aproveitá-la.
A araruta é uma raiz parecida com a mandioca, mas que dá uma farinha branquíssima e finíssima. Quase como um polvilho. O preparo mais famoso são as brevidades, que são bolinhos fofos sem manteiga, sem fermento e sem leite. Mas como? Só vai ovo (claras em neve) e açúcar. Mas como não tenho batedeira nem estava a fim de bater na mão fui atrás de outra receita.
Encontrei os biscoitos, nos quais só é necessário ovo, açúcar e manteiga. Fui lá fazer... Lembra dos biscoitos dourados e que derretem na boca que as vós faziam ou que as padarias faziam mais no passado? Fica igual!
Abaixo está a receita que adaptei do meu jeito e com as medidas proporcionais de blogs muito legais como esse aqui.
100 gramas de manteiga semi derretida no banho-maria
70 gramas de açúcar
200 gramas de araruta
½ xícara de coco ralado
1 ovo
Misture todos os ingredientes. A massa fica uma bola e solta das mãos, se precisar coloque um pouquinho mais de araruta.
Faça bolinhas pequenas e achate-as com um garfo ou na mão mesmo.
Coloque em uma assadeira untada e enfarinhada e leve ao forno até ficarem duros, mas não como pedra, um garfo tem que entrar com certa facilidade. Cerca de 25 minutos no forno pré-aquecido em 160º C.
Retire do forno, deixe esfriar e guarde em um pote bem fechado.
A araruta é uma planta perene, cultivada por seus tubérculos subterrâneos – que são quase amido puro – e encontrada nas Antilhas, no Sudeste Asiático, na Austrália, na África do Sul, nas Guianas e no Brasil. Os tubérculos são ralados, lavados, secados e moídos.
O pó resultante é usado também para engrossar molhos, pudins e sobremesas. Mas a araruta engrossa molhos a uma temperatura mais baixa do que a maisena. Portanto, é melhor e mais usada para cremes e pudins que contenham ovos, porque estes talham facilmente a temperaturas mais altas.

Ficou assim o biscoito


Fontes:
"O que Einstein disse a seu cozinheiro: a ciência na cozinha: inclui receitas", Robert L. Wolke, Editora Zahar
http://come-se.blogspot.com.br/

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