Tem ingredientes que compramos só para uma receita e
acabamos jogando fora o resto por ignorância ou pura preguiça mesmo. Eu tinha
farinha de araruta em casa que comprei para fazer um pastel de forno no começo
do ano. Até que ficou bem bom, mas acabei não fazendo mais. Aí a araruta ficou
lá esquecida.
Outro dia olhei o armário e topei com ela. Deu remorso. Não
é todo lugar que você encontra farinha de araruta, só fui achar em mercadões, e
agora ela estava esquecida e estragando. Resolvi fazer algo com ela, mas não
estava a fim de comprar nada. Aí fui pesquisar um modo de aproveitá-la.
A araruta é uma raiz parecida com a mandioca, mas que dá uma
farinha branquíssima e finíssima. Quase como um polvilho. O preparo mais famoso
são as brevidades, que são bolinhos fofos sem manteiga, sem fermento e sem
leite. Mas como? Só vai ovo (claras em neve) e açúcar. Mas como não tenho
batedeira nem estava a fim de bater na mão fui atrás de outra receita.
Encontrei os biscoitos, nos quais só é necessário ovo, açúcar
e manteiga. Fui lá fazer... Lembra dos biscoitos dourados e que derretem na
boca que as vós faziam ou que as padarias faziam mais no passado? Fica igual!
Abaixo está a receita que adaptei do meu jeito e com as
medidas proporcionais de blogs muito legais como esse aqui.
100 gramas de manteiga semi derretida no banho-maria
70 gramas de açúcar
200 gramas de araruta
½ xícara de coco ralado
1 ovo
Misture todos os ingredientes. A massa fica uma bola e solta
das mãos, se precisar coloque um pouquinho mais de araruta.
Faça bolinhas pequenas e achate-as com um garfo ou na mão
mesmo.
Coloque em uma assadeira untada e enfarinhada e leve ao
forno até ficarem duros, mas não como pedra, um garfo tem que entrar com certa
facilidade. Cerca de 25 minutos no forno pré-aquecido em 160º C.
Retire do forno, deixe esfriar e guarde em um pote bem
fechado.
A araruta é uma planta perene, cultivada por seus tubérculos
subterrâneos – que são quase amido puro – e encontrada nas Antilhas, no Sudeste
Asiático, na Austrália, na África do Sul, nas Guianas e no Brasil. Os
tubérculos são ralados, lavados, secados e moídos.
O pó resultante é usado também para engrossar molhos, pudins
e sobremesas. Mas a araruta engrossa molhos a uma temperatura mais baixa do que
a maisena. Portanto, é melhor e mais usada para cremes e pudins que contenham
ovos, porque estes talham facilmente a temperaturas mais altas.
Ficou assim o biscoito |
Fontes:
"O que Einstein disse a seu cozinheiro: a ciência na
cozinha: inclui receitas", Robert L. Wolke, Editora Zahar
http://come-se.blogspot.com.br/
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