sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Oh musa

O nome científico da banana é Musaceae paradisiaca, ou dividida em subespécies como a Musa cavendishii (banana-nanica e afins), Musa sapientum (banana-prata e similares) e Musa paradisiaca (banana-da-terra ou banana-comprida, e afins), pertencentes à família das musáceas e, de acordo com o Pequeno Dicionário da Gula, de autoria de Márcia Algranti, existem mais de trinta espécies apenas em terras brasileiras. Seu consumo pode ser feito ao natural, apenas sendo necessária a retirada de suas cascas, ou ainda cozida, frita, assada ou como compota.
Existe só uma variedade nativa do Brasil, a banana-da-terra. Todas as demais, como banana-prata, banana-figo, banana-ouro, banana-maçã, banana-nanica e banana-robusta, são originárias de países africanos ou do Extremo Oriente, mas se adaptaram em solo brasileiro.
banana-da-terra
A bananeira foi descrita no século XVIII, pelo botânico sueco Lineu, como Musa sapientum, o que pode ser traduzido como "o fruto do homem inteligente". Porque na Árabia os eruditos costumavam descansar à sua sombra.
Ele tirou Musa da palavra árabe "mouz", que é banana derivada do sânscrito "moka", ou da cidade do café na Árabia do Sul. Paradisiaca é outra referência aos árabes, que afirmavam ser a bananeira a Árvore do Paraíso, ou seja, a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.
As bananas verdes são para cozinhar, fritar e servir como uma hortaliça amena. Possuem a mesma quantidade de calorias que a batata. A casca pode ser resistente: faça uma incisão ao comprido, ao longo dos ângulos, corte e puxe para convencer as tiras a soltarem a fruta que vem dentro. Para algumas receitas faz-se a incisão na transversal, deixam-se as fatias de molhos em água salgada e depois pipocam-se os pedaços para fora dos anéis de casca.
Bananas verde-amareladas podem ser usadas para substituir o tipo verde. Podem também ser guardadas até ficarem mais maduras. Numa casa aquecida logo ficam da cor amarela costumeira, em seguida amarelas manchadas de marrom, ponto em que começa a valer a pena serem comidas.
À medida que vão ficando completamente marrons, suavizam-se a um mel translúcido, ideal para doces musses, sorvetes e sanduíches. Nesse estágio aromático final elas podem ser realçadas por um pralinê (doce feito com alguma castanha envolvida em açúcar e cristalizado) ou amêndoas tostadas; nozes combinam num estágio ligeiramente anterior.
Rum é a bebida alcoólica mais recomendada para a banana. O coco é um bom companheiro, bem como todos os tipos de laticínios e coisas da fazenda: do iogurte, creme de leite e queijos frescos macios aos ovos, bacon e frango. Frutas que combinam com bananas: damascos, limão e laranja, morangos e framboesas. O suco dos cítricos evita que a banana em fatias tome uma coloração escura, mas não é uma boa ideia deixar saladas de banana esperando muito tempo.
Além dos tradicionais doces feitos com a fruta madura, é possível usar uma pasta, chamada de biomassa, que é a polpa da banana verde em preparos salgados e doces. Uma das receitas mais antigas de banana no Brasil é de um peixe azul que é preparado pelos caiçaras do litoral de São Paulo e cujo nome deriva da coloração conferida pelo tanino da banana.
As pacovas ou bananas-da-terra, que os espanhóis chamam de plátano, em geral são mais tolerantes à estiagem do que as bananeiras para consumo ao natural, estas são, porém, mais suscetíveis a pragas, apresentam lenta produção de brotos, baixa longevidade e, consequentemente, menor produtividade e rentabilidade. Embora sejam parecidas por fora, a pacova é menos doce e mais densa devido a menor porcentagem de água e maior reserva de carboidratos, sendo consumida ainda verde e cozida.
A bananeira não é uma árvore. Ela não possui tronco nem galhos; é, na verdade, uma erva-gigante, a maior da face da Terra. A banana é a quarta cultura mais importante do planeta perdendo apenas para o arroz, o trigo e o milho. É fruta tropical mais consumida no mundo.
Em várias culturas do mundo nada da bananeira é desperdiçado. Quando verde, a ponta do cacho cortada fornece líquido suficiente para matar a sede ou lavar a mãos. O coração, que tem sabor semelhante ao do pepino, é consumido como alimento e, quando deixado secar ao sol, é empregado como combustível. A folha da banana pode ser convertida em pratos, garfos, e, ressecadas, substituem a palha para cobrir choças. Bastante fibrosa, é muito utilizada na confecção de cordas, barbantes ou para assados. Também serve como teto de abrigos provisórios, embalagem improvisada, atadura de emergência e mesmo para fabricar papel.
No líquido acumulado entre as folhas e o caule, a gente simples encontra alívio para picadas de aranhas, vespas, escorpiões e até de cobra. Com a fruta em si é possível fazer também vinho, açúcar, vinagre e pão. Também a consomem como legume, e a flor da bananeira é transformada em pó e misturada ao rapé.
Moqueca
Com banana-da-terra é possível fazer uma moqueca sem peixe. O preparo é muito semelhante a uma moqueca baiana. O ideal é cortar a banana em três fatias grandes e essas cortar ao meio, para ficar mesmo parecido com uma posta de peixe, como indica a Bela Gil. E temperar como peixe também, com sal, limão e alho picado.
A melhor panela para fazer é a de barro, por causa do cozimento mais lento. Eu não tenho, então a primeira vez que fiz queimou um pouco no fundo. Aprendi que em panela de inox você tem que cozinhar em fogo alto só metade do tempo.
Você liga o fogo alto para esquentar a panela. Refoga ½ cebola picada, 1 tomate picado e 1 pimentão em rodela no azeite de oliva com 1 pitada de sal. Adicione a banana-da-terra e pimenta a gosto. Adicione ½ cebola fatiada, 1 tomate em rodelas, coentro e leite de coco. Deixe ferver por 10 minutos com a panela tampada, sendo 5 em fogo alto e 5 de baixo. Abra e coloque 2 colheres de azeite de dendê.

Moqueca de banana
Fontes:
"Yes, nós temos bananas - histórias e receitas com biomassa de banana verde", Heloisa de Freitas Valle e Marcia Camargos, Editora Senac São Paulo
"O livro das frutas", Jane Grigson, Companhia das Letras
"Pequeno Dicionário da Gula", Márcia Algranti, Record

domingo, 12 de outubro de 2014

Tucupi e derivados da Mandi

Volto a falar no tucupi. Mas para ser entendido melhor é preciso falar primeiro da sua mãe: a mandioca, talvez o alimento mais valioso do Brasil.

Segundo a lenda indígena, um casal de índios esperou por muito tempo a chegada de uma filha mulher. Quando ela nasceu, recebeu o nome de Mandi, que significa “branca”, por ter a pele muito clara. Um belo dia, Mandi ficou gravemente doente e morreu, apesar de todos os esforços da tribo em salvá-la.

Os pais resolveram enterrá-la no centro de uma oca, para que pudessem estar sempre perto de seu corpo. Despejaram tantas lágrimas sobre o túmulo da menina que nasceu ali uma planta. Sua raiz era clara como a pele de Mandi. Por isso, a novidade foi batizada de Mandioca.

A mandioca constitui um dos principais alimentos energéticos utilizados no país. Mais de 80 países já produzem a raiz e o Brasil participa com mais de 15% da produção mundial.

Existem dois tipos, a brava e a mansa. A mandioca brava apresenta um alto valor de ácido cianídrico, substância tóxica que a torna inadequada para o consumo humano sem o devido processamento. Ela é utilizada no preparo da farinha de mandioca, polvilho (goma) e o tucupi.

A mandioca mansa apresenta valor menor de ácido cianídrico e dela se prepara a farinha suruí (farinha de mesa) e o carimã (fécula de mandioca). A própria raiz pode ser consumida quando cozida em água e sal.

No Norte, a polpa da mandioca é espremida por um instrumento que se utiliza da força da gravidade – o tipiti, uma trança de palha comprida.
Alguns modelos de tipitis

No Sul também se usa uma trança de palha, com o formato de uma cesta, chamado de tapiti. Ali, o processo é feito com uma prensa mecânica.

A mandioca amarela produz uma excelente farinha. A polpa é ralada e espremida; o caldo é recolhido e reservado. A farinha é feita da massa restante, após secagem em tacho ou pedra.

O caldo que resulta quando se espreme a polpa da mandioca amarela e branca compõe-se de amido e água. O amido concentra-se no fundo: é a tapioca.

Somente o líquido da mandioca amarela que sobra, fermentado, é o tucupi.

A goma da tapioca é o amido com maior concentração de líquido. O polvilho, azedo ou doce, é o amido da mandioca branca.

Tempero
Tucupi se usa com arroz, pato, frango, peixe... é um tempero muito comum no Norte do Brasil. Um prato famoso, de festas por lá, é o tucupi no tacacá, que é uma fervura de camarões secos e ervas, como o jambu. Se junta, para espessar, a tapioca e serve-se numa cuia que na Amazônia chama-se tacacá.

O tucupi, após extração e a fermentação, contém muitas toxinas e precisa de uma grande fervura para eliminá-las. Por isso é bom comprar de alguém confiável.

Frango no tucupi
A primeira receita que fiz com o tucupi foi usando frango assado. É preciso de 1 litro de tucupi, 1 frango, 1 maço de chicória, 1 maço de jambu e 3 dentes de alho inteiros para colocar no tucupi. O frango pode ser temperado limão, alho, sal, pimenta-do-reino e cheiro verde a gosto.

O frango é melhor temperar de véspera, cortado em pedaços. Depois é assar e deixar reservado.
O tucupi deve ser colocado para ferver com os dentes de alho, quando estiver fervendo abaixe o fogo e coloque o jambu e a chicória e deixe cozinhar mas um pouco, mais ou menos uns 10 minutos.
Coloque o frango assado dentro do tucupi e deixe cozinhar uns 20 minutos.
Frango no tucupi


Fontes:
Um, dois, feijão com arroz: a alimentação no Brasil de norte a sul. Mauro Fisberg, Jamal Wehba e Silvia M. Franciscato Cozzolino. Editora Atheneu.

Alex Atala, por uma gastronomia brasileira. Alex Atala e João Gabriel de Lima. BEÍ Comunicação. 

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/alimentos_regionais_brasileiros.pdf

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

México

A culinária mexicana não se resume apenas a tacos e salsas picantes (eu pensava isso). O mundo está descobrindo os ricos pratos mexicanos. Esse movimento começou por volta de 1970 com os livros da inglesa Diana Kennedy mostrando a cozinha regional do México e os inúmeros ingredientes usados, como a flor da abóbora e a carne das opúncias (plantas da família das cactáceas, como a palma).

Opúncias

Muitos pratos indígenas são mantidos inalterados por séculos e também houve a incorporação na culinária de frutos, legumes, carnes, cereais e especiarias vindos da Europa. Isso causou o enriquecimento dos pratos, como os crepes de cogumelos, tigelas fumegantes com menudo (miúdo), carne de porco assada no espeto temperada com achiote (urucum) e laranja amarga e limas cristalizadas recheadas com coco ralado.

Os cereais desempenharam um papel central na cozinha mexicana. Há milhares de anos os caçadores nômades descobriram que podiam obter alimento substancial perfurando o solo com uma vara e introduzindo uma semente de milho. A planta era colhida, o milho era debulhado, preparado e consumido. Estes agricultores forjaram o padrão de uma cultura que se manteria durante cerca de três mil anos, como os Olmecas na costa do golfo do México e os Zapotecas nos vales elevados do sudoeste do país.

Quando os colonizadores europeus chegaram na região que seria conhecida como México floresciam vastas civilizações agrícolas. A tríade vegetariana – abóbora, feijão e milho – constituía o principal sustento do povo, embora nobres e sacerdotes comessem iguarias como codornizes e perus, pequenos cães sem pelo, peixe e caça selvagem e bebessem pulque (bebida alcoólica feita de agave) e o chocolate. O atole, uma papa de milho, era a primeira refeição do dia e a principal eram os tamales (espécie de pamonha), tortilhas e estufados, temperados com as pimentas chiles que faziam arder a boca.

Os colonos espanhóis trouxeram também uma cozinha impregnada do domínio mouro em gerações passadas. Vieram não só o gado e a criação, como também o trigo, o arroz, as cebolas, os alhos, os cítricos e a cana-de-açúcar. Os espanhóis também tiveram com os mexicanos os primeiros acessos ao milho, à grande variedade de feijões, aos amendoins, à batata doce, às abóboras, ao tomate e ao amaranto. As novas frutas também modificaram o paladar europeu e mundial, como o abacaxi, a goiaba, a papaia e o abacate, bem como o sabor da pimenta chile, do chocolate e da baunilha.  

O México foi dominado pela aristocracia espanhola durante cerca de 300 anos. Em 16 de setembro de 1810 o país proclamou sua independência. Após isso o país viveu outra fase de criação culinária: o México teve cerca de 50 anos de guerras civis com exércitos improvisados percorrendo montanhas e vales, com isso homens e mulheres tiveram que se adaptar a ingredientes de comunidades indígenas locais e também levavam seus conhecimentos culinários.

As guerras só terminaram quando os grupos conservadores se aliaram a Napoleão III da França. O México passou a ter um regime imperial em 1864, com Maximiliano e sua mulher Carlota. Eles instalaram no país uma cozinha europeia sofisticada trazendo um chef de cozinha húngaro, Tudor.
Mas o país continuou em conflito. Em 1876 o general Porfírio Diaz tomou o poder e ficou por 30 anos. Ele criou sua própria aristocracia, mas que manteve a influência europeia na culinária. Esse período durou até a Revolução Mexicana em 1920, com Emiliano Zapata e Pancho Villa. As mulheres, conhecidas como soldaderas, não só lutavam ao lado dos homens, como levavam consigo as comales (panelas de ferro) e cazuelas (panela de barro).

Com a estabilidade política a partir de 1930 o México teve um movimento de artistas e intelectuais para interpretar os valores do passado mexicano e promover o orgulho por sua herança. Na gastronomia isso representou uma lenta reavaliação criativa. Em boa parte do século XX os chefs e cozinheiros dos melhores restaurantes mexicanos davam importância demasiada a cozinha europeia.

Mas em 1981 um grupo de cozinheiros mexicanos criou o Círculo Mexicano de Arte Culinária, uma união para preservar, aperfeiçoar e promover os pratos regionais do México. A alimentação no país varia com a região, dependendo da população indígena original e das influências dos espanhóis e de outros povos a que essas regiões foram expostas.

Por exemplo, o norte do México é conhecido pela sua produção de carne de vaca e pratos de carne, enquanto que o sudeste do México é conhecido pelos seus pratos condimentados baseados em vegetais e carne de galinha. A culinária mexicana também combinou-se com a culinária do sudoeste dos Estados Unidos, formando a culinária tex-mex.

Em 16 de novembro de 2010 a culinária mexicana foi reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. Recentemente também foi estabelecido o Conservatório da Cultura Gastronômica Mexicana, cujo objetivo é salvaguardar a raízes, identidade e continuidade da culinária do México.

Uma das técnicas culinárias mais famosas do México, presente em várias cerimônias, é a fabricação de pães. Cada estado, município e cidade tem o seu próprio pão. Prova disso são os muitos pães cerimoniais enraizados na cultura popular, especialmente desenvolvidos para as datas tradicionais como o el pan de muerto, a Rosca de Reyes, o pão de casamento ou o pão da Quinta-feira Santa.
O pão dos mortos é um dos componentes mais importantes das ofertas que são feitas nos dias 1 e 2 de novembro nas casas do México em honra de Todas as Almas. A origem deste pão vem de uma fusão de tradições pré-hispânicas e europeus.

El pan de muerto

No antigo México se costumava consagrar aos deuses o coração de uma donzela, que era revestido com amaranto. Após a conquista espanhola, a tradição mexicana foi modificada pela substituição do coração humano pelo pão com esta forma e feito de açúcar vermelho. Ao longo do tempo tem havido maneiras diferentes de fazer este tipo de pão para oferendas, de acordo com as tradições de cada comunidade mexicana. Por exemplo, na Mixteca Puebla os pães são feitos com formas humanas e são polvilhados com açúcar branco se eles são oferecidos às crianças mortas ou açúcar vermelho para os adultos.

Fontes:
PALAZUELOS, Susanna; TAUSEND, Marilyn. México: o mais belo livro de cozinha. Verbo: 1991. Lisboa/São Paulo.

http://www.ccgm.mx/

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Ahhh... raruta

Tem ingredientes que compramos só para uma receita e acabamos jogando fora o resto por ignorância ou pura preguiça mesmo. Eu tinha farinha de araruta em casa que comprei para fazer um pastel de forno no começo do ano. Até que ficou bem bom, mas acabei não fazendo mais. Aí a araruta ficou lá esquecida.
Outro dia olhei o armário e topei com ela. Deu remorso. Não é todo lugar que você encontra farinha de araruta, só fui achar em mercadões, e agora ela estava esquecida e estragando. Resolvi fazer algo com ela, mas não estava a fim de comprar nada. Aí fui pesquisar um modo de aproveitá-la.
A araruta é uma raiz parecida com a mandioca, mas que dá uma farinha branquíssima e finíssima. Quase como um polvilho. O preparo mais famoso são as brevidades, que são bolinhos fofos sem manteiga, sem fermento e sem leite. Mas como? Só vai ovo (claras em neve) e açúcar. Mas como não tenho batedeira nem estava a fim de bater na mão fui atrás de outra receita.
Encontrei os biscoitos, nos quais só é necessário ovo, açúcar e manteiga. Fui lá fazer... Lembra dos biscoitos dourados e que derretem na boca que as vós faziam ou que as padarias faziam mais no passado? Fica igual!
Abaixo está a receita que adaptei do meu jeito e com as medidas proporcionais de blogs muito legais como esse aqui.
100 gramas de manteiga semi derretida no banho-maria
70 gramas de açúcar
200 gramas de araruta
½ xícara de coco ralado
1 ovo
Misture todos os ingredientes. A massa fica uma bola e solta das mãos, se precisar coloque um pouquinho mais de araruta.
Faça bolinhas pequenas e achate-as com um garfo ou na mão mesmo.
Coloque em uma assadeira untada e enfarinhada e leve ao forno até ficarem duros, mas não como pedra, um garfo tem que entrar com certa facilidade. Cerca de 25 minutos no forno pré-aquecido em 160º C.
Retire do forno, deixe esfriar e guarde em um pote bem fechado.
A araruta é uma planta perene, cultivada por seus tubérculos subterrâneos – que são quase amido puro – e encontrada nas Antilhas, no Sudeste Asiático, na Austrália, na África do Sul, nas Guianas e no Brasil. Os tubérculos são ralados, lavados, secados e moídos.
O pó resultante é usado também para engrossar molhos, pudins e sobremesas. Mas a araruta engrossa molhos a uma temperatura mais baixa do que a maisena. Portanto, é melhor e mais usada para cremes e pudins que contenham ovos, porque estes talham facilmente a temperaturas mais altas.

Ficou assim o biscoito


Fontes:
"O que Einstein disse a seu cozinheiro: a ciência na cozinha: inclui receitas", Robert L. Wolke, Editora Zahar
http://come-se.blogspot.com.br/