sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Cânones e variações dos molhos/fundos – parte 2

O caldo de carne é feito com osso de vaca ou de vitela. O osso antes é tostado a 230º C por 40 minutos. Isso dá sabor e uma cor escura. Os ossos assados ganham um caramelado e o excesso de gordura é derretido. Pode ser 1,5 quilo de osso para 3 litros de água, por exemplo.

O ideal é fazer o preparo do caldo em um caldeirão. O restante da receita é similar ao fundo de vegetais. Uma receita que aprendi com o amigo Sandro Costa. Refogue 2 cenouras em mirepoix. Coloque 1 alho-poró, 1 talo de salsão picados. Colocar uma cabeça de alho e uma cebola brûlée (cortada ao meio e queimada em chapa ou frigideira com pape alumínio até ficar bem escura). Abaixar o fogo e deixar murchar um pouco.



Colocar o osso, mexer bem tudo. Adicionar extrato de tomate no centro. Aumentar o fogo e mexer. Juntar uma xícara de vinho tinto e deglaçar, ou seja, raspar o fundo da panela, pode colocar um pouco de água para ajudar.

Depois colocar água até metade do caldeirão e aumentar o fogo. Adicionar um bouquet garni e deglaçar mais. Quando atingir a fervura, colocar o fogo no mínimo.

Algumas receitas falam que o cozimento dura até 4 horas, outras até 8, retirando sempre a gordura da superfície com uma escumadeira. Mas dependendo da quantidade de ingredientes e da sua vontade você pode cozinhar por 3 dias esse caldo. Fica forte e uma delícia. Mas quando for dormir desligue o fogo. No dia seguinte, ligue, deixe pegar fervura e coloque no mínimo de novo.

Quando decidir que está pronto, ou o gás acabar J, despeje o caldo com uma concha numa peneira fina sobre uma tigela ou bowl.


E seja qual for o caldo, nunca tampe a panela e não adicione sal pois se trata de uma base. O sal é acrescentado no preparo final de uma receita da qual o fundo é também um dos ingredientes. 

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